31 de março de 2009

Abong e RTS realizam a 2ª Conferência Internacional de Tecnologia Social


Acontece em Brasília, entre 15 e 17 de abril, a 2ª Conferência Internacional de Tecnologia Social, cujo objetivo é estabelecer parâmetros para a viabilização das Tecnologias Sociais, integrando diferentes experiências internacionais e aprofundando a discussão conceitual sobre o tema.

Estarão presentes representantes de instituições associadas à RTS, gestores de instituições públicas e privadas, empresários/as, lideranças comunitárias, empreendedores/as sociais, representantes governamentais e de organizações de pesquisa. Para isso, estão previstas palestras e mesas-redondas, além de painéis onde serão apresentadas experiências nacionais e internacionais no campo das Tecnologias Sociais.

Inscrições e programação, no site: http://abonglistas.mkt9.com/registra_clique.php?id=H22251994884715665

O convite pode ser acessado em: http://abonglistas.mkt9.com/registra_clique.php?id=H22251995884715665

Realização e Organização: Abong e RTS.

Fonte: Abong

O poder da Mobilização


A mobilização social, quando bem feita, bem organizada, bem acompanhada, tem o poder de transformar realidades. Leia, abaixo, o texto do diretor da campanha eleitoral que elegeu Barack Obama, presidente dos EUA.


Líder da campanha de Obama acha difícil repetir estratégia

O diretor da campanha eleitoral do atual presidente dos Estados Unidos, David Plouffe, afirmou nesta segunda-feira que o modelo seguido nos EUA é difícil de ser reproduzido em outros países do mundo e na Europa, "mas é importante que se tente".Plouffe disse durante uma conferência em Lisboa que a internet e a tecnologia tornam possível a reprodução de um modelo deste tipo."Alguém vai fazê-lo muito melhor do que nós", destacou, sem nunca deixar de dizer que cada ato eleitoral é um caso diferente.Plouffe foi diretor da campanha eleitoral de Barack Obama e um dos principais responsáveis pela sua vitória.O seu papel foi preponderante e, poucos meses após as eleições de novembro de 2008, assinou um contrato milionário para a publicação de um livro no próximo outono.A editora é a Viking, pertencente ao Penguin Group, e o livro terá como título: "The Audacity to Win: The Inside Story and Lessons of Barack Obama's Historic Victory".


Afastamento

Na conferência, Plouffe afirmou que a estratégia eleitoral seguida nos EUA por Obama teve em conta o fato de as pessoas estarem afastadas da política."Barak Obama achava que havia um ambiente cínico - nos tradicionais centros de exercício do poder - e que as pessoas estavam afastadas da política, pelo que quis envolver o máximo número de pessoas", acrescentou.A estratégia eleitoral de Plouffe passou pela aposta na criação de um "Building Grassrots Movement", isto é, um movimento em rede a partir das comunidades de base e do voluntariado jovem ligado a sites e à tecnologia."Pela primeira vez na história de uma campanha eleitoral nos EUA foram feitos diversos rally aos diversos Estados, organizados pelo movimento de comunidades", explicou.Segundo ele, a questão da escala, da presença do voluntariado na campanha eleitoral e as redes sociais que envolveram milhares de pessoas foram uma novidade e um elemento-chave no sucesso da eleição de Obama."Havia uma certa descrença na política e nos políticos tradicionais. Eram muito mais importantes as conversas com os vizinhos - através das comunidades - pois, em média, cada voluntário falava com 20 a 25 pessoas”, frisou.Durante a campanha chegamos a uma rede de 30 milhões de correios eletrônicos e US$ 40 milhões foram doados em dinheiro pelos voluntários."Tivemos um grande apoio dos jovens e aposentados que nunca aceitaram dinheiro de lobbies, e dos ativistas que se inscreveram em grande número", afirmou.


Jovens

Aliás, contra as calúnias políticas ou ataques de caráter "a melhor arma era recorrer às pessoas".A campanha provou que é preciso acreditar nos jovens, e é por esta razão que "Obama é hoje presidente"."Até crianças do ensino secundário participaram na campanha eleitoral", disse Plouffe, adiantando que "o Grassrots" - rede comunitária de base - serviu para espalhar "a mesma mensagem" em todos os Estados. E, em relação às diferentes circunstâncias políticas, uma vez que veicula-los na imprensa seria mais díficil.John McCain e Hillary Clinton privilegiaram a televisão e a mídia tradicional, que nos EUA são cada vez menos importantes, enquanto que Obama apostou no movimento 'Grassrots' que eram "os olhos e os nossos ouvidos"."Uma outra lição que tiramos foi a de que Washington era conhecida como um local [político] tóxico, que estava a desencantar as pessoas e que a força estava nas comunidades", afirmou."Utilizamos, assim, uma comunicação de igual para igual, valorizando as pessoas, motivando-as e colocando-as sob alguma pressão, sendo capazes de responder a tudo", concluiu o marqueteiro político.


Fonte: LUSA - Agência de Notícias de Portugal S.A.

29 de março de 2009

A China de Ana Branco



A expofoto “Instinto Imediato” de Ana Branco surpreende entre outras coisas, pela qualidade das imagens fotografadas através de um celular.
O sudoeste da China é retratado na sua maioria em fotos PB com imagens comoventes de uma China camponesa, bucólica e exuberante.
Belas paisagens do alto de um balão... homem e boi subindo a escada ... camponeses preparando alimentos, soldados, mulheres com sono, mulheres de cabelos em cordas e crianças brincando, formam um cenário que me parece alheio à China Tecnológica do outro lado.
O olhar de Ana Branco continua vibrante como quando a conheci no Globo dos anos 90, onde as cores de sua fotografia ainda se misturavam analógicamente em Cyan, Magenta, Amarelo e Preto.
Ana acompanha a dinâmica da comunicação fotográfica construindo suas imagens em uma estética moderna e cheia de arte. As imagens da China tocam pelo simples e sofisticado ao mesmo tempo e instigam à reflexão sobre um olhar moderno para a tecnologia e a cultura visual contemporânea.
Cabe ainda citar o trabalho de Karla Brunet (Fotografia por celular: questionando novas práticas e dinâmicas de comunicação). "A fotografia por celular está cada vez mais popular e seu uso atinge diversas áreas da sociedade desde o jornalismo e arte ao cotidiano. A grande prática deste tipo de fotografia é a foto de cotidiano, como, por exemplo, a prática de fotografar amigos e parentes em momentos de diversão. Conseqüentemente, o ato fotográfico tornou-se algo lúdico e de socialização" .

Como a Cidade Maravilhosa aderiu à Hora do Planeta?

28 de março de 2009

Hoje é Dia da Inclusão Digital. E não há o que comemorar

Hoje, último sábado de março, diversos municípios brasileiros celebram o Dia da Inclusão Digital. E, este ano, em especial, o Brasil não tem muito a comemorar.

Divulgado na quinta-feira, 26/03, pelo Fórum Econômico Mundial, o ranking de implantação de tecnologias de informação e comunicação (TIC) no mundo é implacável conosco. O Brasil aparece na 59ª posição. A mesma do ano passado. O problema é que desde 2005, quando caiu seis posições e passou a ocupar 52ª, a situação do Brasil só tem piorado. Antes, em 2003, quando o relatório analisava apenas 82 países, chegamos a ficar na 29ª colocação.

Para piorar, a pesquisa TIC Domicílios 2008, divulgada também esta semana pelo Comitê Gestor da Internet, atesta que os telecentros, abertos em profusão pelo poder público a partir de 2003 para fomentar o acesso à Internet, caminharam na contramão dos pontos de acesso públicos (as lan houses), que não param de crescer. Em 2007, os telecentros foram responsáveis por 6% dos acessos no país, com crescimento de 100% em relação a 2006. Mas em 2008 este número caiu pela metade e ficou em 3%, contra 48% das lan houses.

Claro. Tudo é relativo. Os números não podem ser olhados fora de contexto. É preciso levar em conta que existem hoje pouco mais de 6 mil telecentros em funcionamento no Brasil, segundo dados fornecidos pelo Secretário de Logística e TI do Ministério da Fazenda, Rogério Santanna. Já as lan houses passam de 90 mil, segundo a a ABCID (Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital).

Na prática, a imensa maioria (83%) das Lan houses vive na informalidade, à mercê da atuação das mais diversas forças sociais, boas e más; das tentativas de cartelização do custo do acesso; do alto custo das licenças de software, que leva à pirataria e entraves aos processos de legalização de suas atividades; e por aí vai...

E se diferenciam dos telecentros por não terem regras tão rígidas de uso. Com seus acertos e erros, em muitas localidades elas se transformaram na única fonte barata e acessível de acesso à Internet.

Por isso, mesmo não sendo 'bem-vistas' por boa parte dos gestores da Internet nacional, as lan houses começam a chamar a atenção. Já há quem, dentro dos governos, federal e estaduais, admita que é hora de rever a posição com relação a elas.

É o caso do próprio Rogério Santanna. "Temos que repensar e refletir. Elas precisam ser incluídas na política pública de inclusão digital. Não podemos mais vê-las com um olhar de criminalização", disse ele aos jornalistas, durante a divulgação da pesquisa do Comitê Gestor.

É o caso também de Paulo Markun, presidente da Fundação e Cláudio Prado, coordenador do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital e autor, na gestão Gilberto Gil no Ministério da Cultura, do projeto Pontos de Cultura. Ambos defendem a transformação das lan houses na quarta onda da inclusão digital.

"A 1ª onda foi “informática para os excluídos - senão você não vai ser ninguém na vida“. A 2ª onda foram os Telecentros da cidade de São Paulo, onde já não se falava de informática, mas sim de Internet com Banda Larga e Software Livre. (...) A 3a geração, a da Cultura Digital, deriva da compreensão de que para o uso pleno das possibilidades interativas da Internet, é necessário existir um espaço multimídia e não só computadores", explica Cláudio Prado em artigo publicado na internet e em peças publicitárias do projeto Conexão Cultura, da Fundação Padre Anchieta, que apoia.

Confira o vídeo da palestra de Paulo Markun na Campus Party (feita pela IPTV da Cultura), em que ele divulga a pesquisa feita pela fundção sobre a atuação das lan houses e apresenta o projeto Conexaão Cultura, que a partir deste mês começa a ceder conteúdos qualificados _ cursos profissionalizantes, serviços governamentais, conteúdo de apoio escolar, vários deles produzidos pela própria TV Cultura _ para lan houses conveniadas.


Se vai dar certo, só o tempo dirá. Ao menos é uma iniciativa, consistente, de tentar mudar a situação.

É hora também de repensarmos os telecentros. E o uso que os programas de e-gov possam fazer de aparelhos celulares, verdadeiros vetores de inclusão social e digital do brasileiro. Depois da TV e do Rádio, o celular é objeto mais presente nos lares do país seja na área urbana e rural, sendo que nesta última - apesar de problemas de infraestrutura e de falta de cobertura - os celulares já chegam a 62% da população.

Quem sabe, no ano que vem, voltamos a ter a chance de nos orgulharmos de ver o país galgar posições no ranking de implantação de tecnologias de informação e comunicação do Fórum Econômico Mundial.

Quem sabe...

27 de março de 2009

Brasil é 59º no ranking da conectividade

Saiu no Meio&Mensagem a informação de que o Brasil está no 59º lugar do ranking da conectividade. O ranking é patrocinado pela Cisco e foi divulgado ontem, durante o Fórum Econômico Mundial, pela WEF Networked Readiness. No ranking de 134 países, a liderança ficou com a Dinamarca, sendo seguida por um outro país nórdico, a Suécia. A terceira posição ficou com os Estados Unidos.
Convido todos e leitores e associados ao TMS a lerem o relatório. Nos próximos dias, trarei os dados do MCT e do GESAC, no sentido de divulgar as políticas públicas de inclusão digital.

A Hora do Planeta

Como todos sabem, afinal está sendo amplamente divulgado, amanhã é o dia da Hora do Planeta, movimento mundial para chamar a atenção de todos para o problema do aquecimento global.

Como a Nélida CApela já deixou publicado aqui o Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a aderir ao movimento, com a participação dos monumentos cariocas como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana, que terá a segurança reforçada pelas autoridades competentes. Mas, outras também vão aderir como Brasília e Porto Alegre e vale registrar que “a fachada e interior do Teatro Amazonas em Manaus ficarão totalmente no escuro dia 28, às 20h30, como participação do estado no ato pela combate às mudanças climáticas” como informa Pollyana Ferrari no blog Remix Narrativo.

Pedi a opinião do jornalista André Trigueiro estudioso e autor de livros a respeito da sustentabilidade e meio ambiente, e André acredita nesse movimento:
“Toda ação em favor de um mundo melhor e mais justo é bem-vinda. Não discrimino nenhuma campanha que promova o bem social, ambiental, espiritual, etc.
O que é entendido como problema no "macro" tem sua origem em ações que se resolvem no "micro". Não por outra razão o movimento ambientalista adotou como slogan no início dos anos 70 "pensar globalmente, agir localmente".

Tenho consciência que esse movimento é um ato simbólico. Mas gostaria de ver mudanças práticas e reais em prol de mudanças comportamentais e principalmente por um novo conceito de uma economia sustentável.

O Instituto Akatu sugere algumas mudanças no hábito de consumo que podem contribuir para combater o aquecimento global. Segue o link:
http://www.akatu.org.br/central/especiais/2009/apague-as-luzes-por-uma-hora-e-diga-aos-lideres-politicos-mundiais-que-voce-esta-a-favor-do-planeta-e-contra-o-aquecimento-global

Quanto a mudanças para uma economia sustentável vamos ter que esperar a conscientização de governantes e empresários de todo o mundo. Novo acordo entre os países deve ser assinado ainda este ano na Dinamarca.

Então não esqueça, dia 28 de março as 20H30min desligue as luzes da sua casa! E contribua com o planeta Terra no sábado e todos os dias do ano com atitudes simples como fechar a torneira quando escovar os dentes, abrir mão de sacolas de plásticos e levar a sua própria sacola ao mercado.

Participe do TMS e contribua com a Terra!

Para saber mais:
http://www.earthhour.org/home/br:pt-BR

26 de março de 2009

Indicação de um texto sobre inclusão social


Quero indicar a vocês um texto que acabei de ler no site YouPode. No texto de Lupatini publicado na seção de matérias enviadas, o internauta conta a história de um “blog analógico” criado por Alfred Sirleaf , que vive na Libéria. Bom, melhor passar a vocês o link, aí está: http://youpode.com.br/?p=3240


Até a amanhã, e participe do TMS!