Acontece desde segunda-feira, 19 de janeiro, em São Paulo, a Campus Party Brasil 2009. A Campus Party é considerado, hoje, um dos eventos de maior importância no que diz respeito à inovação tecnológica e entretenimento eletrônico em rede do mundo. É um encontro anual realizado desde 1997, o primeiro foi na Espanha. Durante sete dias, milhares de participantes, com seus próprios computadores, procedentes de diversos países, reúnem-se com a finalidade de compartilhar curiosidades, trocar experiências e realizar todo tipo de atividades relacionadas a tecnologia, a cultura digital e ao entretenimento em rede. Infelizmente não me programei para ir, pois o assunto que nos interessa lá é Inclusão Digital e Mobilização Social.
Para essa área do evento, foram montados os seguintes coletivos: telecentros, metareciclagem, lan houses, GT de cultura digital dos pontos de cultura e web rádio indígena. É uma proposta interessante porque mobiliza ONGs, grupos étnicos, representantes do governo federal, grupos de cultura, empreendedores, associações e comunitários, por exemplo.
Foram realizados, dentro da área de Inclusão Digital, os Encontros de Telecentros, que tiveram os temas: Inclusão Digital, Afeto e Artes de Fazer; Apresentação do Portal Tela Brasil, importante ferramenta de divulgação do cinema brasileiro e de educação gratuita que, através do cinema, busca democratizar o conhecimento e despertar uma postura mais curiosa, criativa e humana nos usuários do site; Políticas Públicas e Inclusão Digital: apresentação de programas e ações do plano nacional de inclusão digital – com Ana Carina Andrade (Ministério do Planejamento), Elisa Peixoto e Rossana Moura (Territórios Digitais - MDA).
Das palestras, destaque para:
Educação, interatividade, redes de aprendizagem e ensino à distância (EAD). Fala sobre como as novas tecnologias podem auxiliar na educação formal e informal e como tais experiências de Ensino à Distância são importantes para a criação de redes de aprendizagem. Os debatedores foram Profª. Cristina Moreira (Projeto Casa Brasil e UNB), Marcelo Marques (4Linux/Hacker teen) e Sônia Bertocchi (EducaRede).
“Inclusão Digital e Mobilização Social” com ênfase à dinâmica da comunicação com o uso das TICs (tecnologias da Informação e Comunicação) e sua influência nas decisões políticas e na formação da opinião pública. Os debatedores foram Rogério da Costa (consultor da GTE como mediador), Fábio Lima (Estadão e Rádio Eldorado) e Lobão (cantor e compositor).
Como faço parte de uma rede do Terceiro Setor, me chama a atenção esses dois momentos do evento, pois Inclusão Digital é Inclusão Social. Ainda há pessoas em nosso país que não sabem ler, por exemplo, mas que através do acesso aos telecentros e máquinas, são incentivadas a aprender, e aprendem. Parece um paradoxo o cidadão não saber ler nem escrever, mas saber trabalhar num computador. Por isso, acho interessante o trabalho realizado pela Rede COEP na região do Semi-Árido brasileiro. Locais onde não há telefones públicos, locais onde não há escolas, mas que a parceria entre a comunidade, as organizações e as pessoas promovem, de fato, e ao mesmo tempo, a inclusão social através da inclusão digital. As crianças fazem pesquisas escolares pelas páginas da internet. Os comunitários, entram na página da COEPTeVê (webtv da Rede COEP) e obtém informações preventivas nos programas do Canal Saúde da FIOCRUZ e conseguem evitar epidemias de dengue, por exemplo. Produtores de algodão, pela internet, conseguem saber qual o preço do seu produto para evitar desvantagens ao vender sua produção. Não é incrível isso?
Portanto, sinto uma pena não ter ido ao evento, mas fico muito satisfeita que esse tipo de discussão esteja ocorrendo. Significa que estamos evoluindo não só pela tecnologia e para a tecnologia, mas pelas e para as pessoas.
O evento vai até o dia 25 de janeiro e está instalado no Centro Imigrante, em uma área de 38.000m2.
Para essa área do evento, foram montados os seguintes coletivos: telecentros, metareciclagem, lan houses, GT de cultura digital dos pontos de cultura e web rádio indígena. É uma proposta interessante porque mobiliza ONGs, grupos étnicos, representantes do governo federal, grupos de cultura, empreendedores, associações e comunitários, por exemplo.
Foram realizados, dentro da área de Inclusão Digital, os Encontros de Telecentros, que tiveram os temas: Inclusão Digital, Afeto e Artes de Fazer; Apresentação do Portal Tela Brasil, importante ferramenta de divulgação do cinema brasileiro e de educação gratuita que, através do cinema, busca democratizar o conhecimento e despertar uma postura mais curiosa, criativa e humana nos usuários do site; Políticas Públicas e Inclusão Digital: apresentação de programas e ações do plano nacional de inclusão digital – com Ana Carina Andrade (Ministério do Planejamento), Elisa Peixoto e Rossana Moura (Territórios Digitais - MDA).
Das palestras, destaque para:
Educação, interatividade, redes de aprendizagem e ensino à distância (EAD). Fala sobre como as novas tecnologias podem auxiliar na educação formal e informal e como tais experiências de Ensino à Distância são importantes para a criação de redes de aprendizagem. Os debatedores foram Profª. Cristina Moreira (Projeto Casa Brasil e UNB), Marcelo Marques (4Linux/Hacker teen) e Sônia Bertocchi (EducaRede).
“Inclusão Digital e Mobilização Social” com ênfase à dinâmica da comunicação com o uso das TICs (tecnologias da Informação e Comunicação) e sua influência nas decisões políticas e na formação da opinião pública. Os debatedores foram Rogério da Costa (consultor da GTE como mediador), Fábio Lima (Estadão e Rádio Eldorado) e Lobão (cantor e compositor).
Como faço parte de uma rede do Terceiro Setor, me chama a atenção esses dois momentos do evento, pois Inclusão Digital é Inclusão Social. Ainda há pessoas em nosso país que não sabem ler, por exemplo, mas que através do acesso aos telecentros e máquinas, são incentivadas a aprender, e aprendem. Parece um paradoxo o cidadão não saber ler nem escrever, mas saber trabalhar num computador. Por isso, acho interessante o trabalho realizado pela Rede COEP na região do Semi-Árido brasileiro. Locais onde não há telefones públicos, locais onde não há escolas, mas que a parceria entre a comunidade, as organizações e as pessoas promovem, de fato, e ao mesmo tempo, a inclusão social através da inclusão digital. As crianças fazem pesquisas escolares pelas páginas da internet. Os comunitários, entram na página da COEPTeVê (webtv da Rede COEP) e obtém informações preventivas nos programas do Canal Saúde da FIOCRUZ e conseguem evitar epidemias de dengue, por exemplo. Produtores de algodão, pela internet, conseguem saber qual o preço do seu produto para evitar desvantagens ao vender sua produção. Não é incrível isso?
Portanto, sinto uma pena não ter ido ao evento, mas fico muito satisfeita que esse tipo de discussão esteja ocorrendo. Significa que estamos evoluindo não só pela tecnologia e para a tecnologia, mas pelas e para as pessoas.
O evento vai até o dia 25 de janeiro e está instalado no Centro Imigrante, em uma área de 38.000m2.
Através da Campus TV é possível assistir as palestras ao vivo.
Acesse o site e conheça toda a programação: http://www.campus-party.com.br/
Por Nelida Capela
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