Não é apenas no Brasil que falta, aos professores, capacitação para o uso pedagógico das TICs. Grande parte de uma platéia de cerca de 2 mil educadores de vários países, que participam do 5º Congresso Internacional Educarede (realizado na Espanha), não tem conhecimento de como utilizar ferramentas como Orkut, Twitter, em benefício do processo de ensino-aprendizagem. “Essa é uma discussão urgente”, alertou Bernardo Hérnandez González, diretor mundial de Marketing de Produtos do Google. Nunca houve uma distância tão grande, disse ele, entre a realidade cotidiana dos estudantes e aquilo que vivem dentro da escola. A escola, acrescentou, precisa deixar de ser um “mundo à parte”, onde o jovem passa algumas horas, esperando voltar para a “vida real”, com seus vídeos no YouTube, seus amigos online.
Para Zaryn Dentzel, fundador do Tuenti – uma rede social espanhola similar ao Facebook – as redes sociais não são uma “moda passageira”. Mas uma dramática mudança nas formas de comunicação. Os professores precisam experimentar essa inovação, entrar em uma rede, fazer seu perfil, conhecer as funcionalidades, para poder tirar o melhor proveito, afirmou Dentzel. “O Tuenti, por exemplo, não é uma ferramenta de produção de conhecimento. É um meio de disseminação de conteúdos. E é a partir dessa natureza que deve ser usado, como apoio às atividades educacionais”, disse.
Em vez de proibir, a escola deve tutelar o uso das redes, na opinião de González. Por ser uma coisa nova, os pais precisam estar atentos, acompanhar, mas não impedir, disse ele. É ingenuidade, acrescentou Dentzel, achar que eles vão estudar só porque não podem ficar no computador com os amigos: “A motivação para o estudo tem outra origem, deve vir de outro lugar, de um professor criativo, que não dê aulas em mão única”.
Fonte: A Rede
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