25 de maio de 2009

O Brasil da Ilha do Fundão

Segunda-feira, 25 de maio de 2009, tive a oportunidade de ir até a Ilha do Fundão, por volta do meio-dia. Em 40 minutos fui e voltei. No percurso da volta, pela janela do taxi, deparei-me com a obra monstruosa da Petrobras: o Centro de Realidade Virtual, o CRV. A construção é exemplo de aplicação da ecoeficiência e sustentabilidade. Será o maior centro de pesquisas da América Latina em um dos mais expressivos complexos de pesquisa aplicada do mundo. Lindo, não é mesmo? Pena que a realidade nada virtual do entorno seja uma decepção, pois a universidade, incubadora de gênios para exportação, está tão degradada e arruinada. Gente, qual é a nossa realidade? Entrei muda e saí calada e decepcionada do campus. Nosso país é tão complexo. É uma realidade difícil de equilibrar. Me deu um sentimento de fuga...fiquei lembrando um a um os amigos de faculdade e de vida que fizeram as malas e partiram para o exterior. Sei que nenhum deles voltará, a não ser como visitante de uma país de origem exótica. O Brasil, tão rico e miserável. Com tantos gênios e talentos, cada um olhando para o seu umbigo. Tanta tecnologia, tanto conhecimento, tanta sustentabilidade e ecoeficiência...para quê, para quem, para onde? Do outro lado, Maria da Conceição Tavares desnuda a crise.

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