Semana passada disse que mostraria a conversa com dois ativistas da bicicleta. E este é o link para quem não teve a oportunidade de ler o primeiro post. http://tecnologiaemobilizacaosocial.blogspot.com/2009/03/bicicleta.html
Primeiro falei com Arturo Alcorta, ciclista e diretor da Escola de Bicicleta.
E nos alertar para três questões básicas para melhorar a segurança nos meios de transportes brasileiros.
1) Segurança de pedestres, deficientes físicos e bicicletas
2) Sistema Cicloviário
3) Qualidade da bicicleta brasileira
Arturo lembra que 34% dos brasileiros se locomovem a pé. E a segurança? Não há. Os números comprovam isso, apenas no município de São Paulo são 750 mortes de pedestres por dia. Em todo o Brasil são 35 mil mortes ao ano por acidentes de trânsito. A segurança no trânsito é toda baseada na movimentação de carros e caminhões. É preciso ampliar esse conceito e incluir pedestres, deficientes físicos e ciclistas. A segurança é dos itens mais importantes.
O Brasil precisa evoluir na questão do sistema cicloviário. Ainda estamos muito presos a considerar ciclovias como suficiente para a movimentação de ciclistas. Artura explica “ Sistema Cicloviário é muito mais que ciclovias. Inclui além de segurança, conforto para o ciclista. E para isso é preciso de vias arborizadas, estacionamento de bicicletas, sinalização”.
Outro ponto importante apontado por Arturo é a qualidade da bicicleta brasileira. “São 2 milhões de bicicletas produzidas no país, mas a grande maioria estão a baixo de qualquer padrão de qualidade.”
Arturo ainda lembra “Ubatuba, em São Paulo, tem índices de uso da bicicleta iguais a de Holanda.”
Quero colocar nessa apresentação de ideias o depoimento de João Paulo Amaral, do Coletivo Ecologia Urbana:
“Sobre a contribuição desses movimentos para o meio ambiente, a única coisa que posso dizer além do óbvio é que estes potencializam mudanças na cidade através da Massa Crítica (Critical Mass é o nome dado para a Bicicletada nos EUA), ou seja, cada vez mais pessoas estão se juntando por princípios comuns para combater o modelo de sociedade do automóvel, injusto.
Vou usar uma frase do Coletivo Ecologia Urbana (também diferente da Bicicletada) que expressa muito bem isso: "Nós temos que sair de uma perspectiva ecológica na terceira pessoa em direção a uma na primeira pessoa... do plural". O que eu entendo por essa frase é que devemos parar de achar que a crise ecológica está distante de nós ou que a culpa é dos outros (ex: governo, empresas, vizinho etc), e buscar tomar uma atitude no plural, no coletivo, em massa, para que se potencialize os movimentos e gere a mudança.”
Ainda espero reposta do Zé Lobo, da ONG Trasporte Ativo, assim que receber publico aqui.
Participe do TMS!
Primeiro falei com Arturo Alcorta, ciclista e diretor da Escola de Bicicleta.
E nos alertar para três questões básicas para melhorar a segurança nos meios de transportes brasileiros.
1) Segurança de pedestres, deficientes físicos e bicicletas
2) Sistema Cicloviário
3) Qualidade da bicicleta brasileira
Arturo lembra que 34% dos brasileiros se locomovem a pé. E a segurança? Não há. Os números comprovam isso, apenas no município de São Paulo são 750 mortes de pedestres por dia. Em todo o Brasil são 35 mil mortes ao ano por acidentes de trânsito. A segurança no trânsito é toda baseada na movimentação de carros e caminhões. É preciso ampliar esse conceito e incluir pedestres, deficientes físicos e ciclistas. A segurança é dos itens mais importantes.
O Brasil precisa evoluir na questão do sistema cicloviário. Ainda estamos muito presos a considerar ciclovias como suficiente para a movimentação de ciclistas. Artura explica “ Sistema Cicloviário é muito mais que ciclovias. Inclui além de segurança, conforto para o ciclista. E para isso é preciso de vias arborizadas, estacionamento de bicicletas, sinalização”.
Outro ponto importante apontado por Arturo é a qualidade da bicicleta brasileira. “São 2 milhões de bicicletas produzidas no país, mas a grande maioria estão a baixo de qualquer padrão de qualidade.”
Arturo ainda lembra “Ubatuba, em São Paulo, tem índices de uso da bicicleta iguais a de Holanda.”
Quero colocar nessa apresentação de ideias o depoimento de João Paulo Amaral, do Coletivo Ecologia Urbana:
“Sobre a contribuição desses movimentos para o meio ambiente, a única coisa que posso dizer além do óbvio é que estes potencializam mudanças na cidade através da Massa Crítica (Critical Mass é o nome dado para a Bicicletada nos EUA), ou seja, cada vez mais pessoas estão se juntando por princípios comuns para combater o modelo de sociedade do automóvel, injusto.
Vou usar uma frase do Coletivo Ecologia Urbana (também diferente da Bicicletada) que expressa muito bem isso: "Nós temos que sair de uma perspectiva ecológica na terceira pessoa em direção a uma na primeira pessoa... do plural". O que eu entendo por essa frase é que devemos parar de achar que a crise ecológica está distante de nós ou que a culpa é dos outros (ex: governo, empresas, vizinho etc), e buscar tomar uma atitude no plural, no coletivo, em massa, para que se potencialize os movimentos e gere a mudança.”
Ainda espero reposta do Zé Lobo, da ONG Trasporte Ativo, assim que receber publico aqui.
Participe do TMS!
Um comentário:
Há mais ou menos 3 anos atrás, eu ia para o trabalho (trecho Leblon-Botafogo) de bicicleta. Era bárbaro, mas algumas condições no trajeto não favoreciam, principalmente a segurança na ciclovia - e não era questão de assalto, não. Era falta de sinalização, péssimas condições da pista, falta de educação dos pedestres, por aí vai. O trecho de Botafogo que eu andava ainda está caótico. E as pessoas, menos educadas.
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